Thursday, September 11, 2008

Poesia Alentejana



Eu sou assim, e é disto que nós queremos!!!



No cimo dakele monte

vo construir um castelo

pa tu me contemplares

como eu te contempelo.


subi akele ecalitro

com a tua trogafia na mão

desencalitrei-me la de cima

malhei cus cornos no xao.

subi akele monte pa te ver

nao te vi desci.


um raminho de alecrim

um raminho de ortelã

gostas deste poema?

hããããã.



Tava eu a tirar moncos lá da cana do nariz an
quanto fazia uma mija assim tipo chafariz
Tinha a bexiga tã chêia que fiquê lá uma hora
quando me assomê em volta vi que tinha ido tudo embora
Sacudi o coiso e tal enquanto coçava a bilha
de tal manêra atascado que o entalê na braguilha
tirê as botas do lodo que fizera na mijada
sacudi tamém as calças sempre com ela entalada
pedi ajuda à Ti micas que cerca dali morava
mas depilou-me os tomates da força com que a puxava
ensanguentado na pila fui aos tombos pelo monti
vomitando quasi as tripas nã sêi se queres que te conti
como comera dôs pães de quilo e um garrafão p'rajudar
a empurrare na admira que tivesse três horas a vomitare

Detê-me na palha fresca para ver se descansava
enterrê-me logo em bosta de uma vaca que passava
E foi assim que essa tarde conheci um caracole
os dois deitados na palha com os cornos a secare ao sole

porque esta vida é tão dura por aqui p'lo Alentejo
dêxa cá dormire um pôco vamos soltando um bocêjo

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Florbela Espanca, o melhor para terminar, também ela alentejana!

Tenho por ti uma paixão
Tão forte tão acrisolada,
Que até adoro a saudade
Quando por ti é causada
By Lena,
Meu lindo Alentejo, não és tu que vives em mim, sou eu que vivo em ti!!!

2 comments:

actias luna said...

prefundo comadriii

actias luna said...

acerca do teu comentario ao meu post...tas desculpada...mas ja tinhas tido tempo de (re)aprender a ser mais quente a maneira tuga :)